Por que competimos tanto?

por que competimos tanto

Se alguém te fecha no trânsito, a primeira reação é querer revidar. Se alguém discorda da sua opinião, o primeiro ato é defendê-la cegamente. Se um colega do trabalho é elogiado publicamente, te falta respiração por se sentir injustiçado. Se um conhecido compra um carro que você nem havia reparado, você passa a desejá-lo.

Se você se identificou com alguma destas situações te convido a uma reflexão: você está mais preocupado com o julgamento do outro do que o que acontece com você internamente? Você percebe que pode estar competindo a cada segundo da sua preciosa e rara vida?

Desde pequenos somos objetos de competição e, automaticamente, passamos a disputar algo que, muitas vezes, nem temos noção do que seja.

Quando os pais estão com o filho e escutam outros pais contando a evolução da cria, imediatamente, passam a comparar o que o filho também faz.

Depois, o bebê vai crescendo e tem que ser o mais fofinho na apresentação de fim de ano da escola. Em seguida, tem que tirar as melhores notas.

Na sequência, é cobrado para ser o destaque do time. Na adolescência, tem que ser o exemplo na família e, ainda, tem que passar na melhor faculdade.

E ao virar adulto passa a ter sérios problemas com um negócio considerado o mal do século: a ansiedade.

A competição que, inicialmente, era com outra pessoa, passa a ser com você mesmo. Cria-se uma cobrança excessiva em ser perfeito e a preocupação de que algo de errado esteja acontecendo cresce desordenadamente e passa a ser uma paranoia constante e diária, correndo o risco de você ser apresentado à insônia.

Por que competimos tanto? Observe: a competição nos leva à inveja que nos leva à desconfiança, que nos leva à falsa felicidade e à uma solidão camuflada (quando há um sentimento de vazio, de que está faltando algo para completar a ‘vida perfeita’).

Pode ser que você diga: ‘mas eu sempre fui assim, não consigo mudar.’ O conselho é: tente, comece aos poucos. E a pergunta seguinte ‘por onde?’. Resposta: de dentro para fora. Para de olhar para o mundo externo e passe a compreender o movimento interior, sem se cobrar e sem se culpar por atos que te levam ao arrependimento. Saia do controle. Só de você se dispor a mudar, já é uma grande vitória.

Comece fazendo o que gosta, por você, e não para agradar o outro. Visite os seus pensamentos e veja se estão mais negativos do que positivos. Observe se anda reclamando muito e como o seu corpo reage a cada reclamação (a energia diminui e surge uma sensação de cansaço ou de querer descontar em alguém a infelicidade que foi criada por você e por mais ninguém?)

Nós somos o que pensamos. Então, pense positivo.

Aceite a sua vida como ela é, sem querer provar do que é capaz. Acredite no seu potencial e no seu poder de realização. Deixe a competição para os esportes. Seja leve e de bem com a vida. Encontre a sua paz e descobrirás uma felicidade infinita. Confie.

“Veja você que, no final das contas, é tudo entre você e Deus. Nunca foi entre você e os outros.” – palavras da sábia e caridosa da Madre Teresa de Calcutá.

 

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